domingo, 6 de dezembro de 2009

Filosofia de Buteco

Conheço, falo, explico
Mas quem foi mesmo que te ensinou?
Essa história de palavra pronta
História feita
É pra formar música ou questão de valor?
Estrupício de um mundo só
Você acredita no que ouve
E forma o caos do tabu
Porque é mesmo que não se pode beber manga com leite a noite?
E se eu passar embaixo na escada?
Esse mundo de uma nota só
Tudo se plagia
Tudo se repassa
Na era do Mpb de Marisa, Vanessa e Maria Gadú
O funk nem me interessa
Não é preconceito
É retração
Preservar minhas palavras de boteco
Ao invés de falar de bunda
Eu prefiro falar do incerto
Me fingir de intelectual
Levantar o dedo pra tomar café
Discutir sobre Michael Focault
E colocar o óculos na ponta do nariz
Mas confesso que escondido
Coloco a mão no joelho e treino uma coreografia abusiva
Por que é que tenho vergonha de ser quem realmente sou?
Abusar...Causar...
Por que me escondo em rótulos da sociedade?
Eu bebo mesmo um pinguinha e acompanha a tabafeia e o churrasco grego
Ainda pago 1 real...
Mas por aí...eu digo que como mesmo é pão integral, pouca margarina, bem tostadinho
Leite desnatado, e só de saquinho!
Leio desgraças rimadas
E rezo ao pé de São Francisco
Peço paz, proteção e dinheiro no bolso
Mas ele sempre me responde que dinheiro não traz felicidade
Como é que sei que ele responde???
É obvio! Eu penso ele num dá...! eu leio os sinais...
Mas quando peço p/ arranjar um emprego... na próxima semana já faço intrevista!
É...nessa terra de nego zulu, branco amarelo e indio vermelho... só batalhando...
E assim vou sambando, sambando
Mas não conte pra ninguém!
Eles acham que sou charmoso só porque ouço Chopim e Bethoven...sempre soberano!