sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Latrocinio

Ela me machuca como a faca corta em latrocinio
Rouba meus sentidos, meu sorriso, meu pensamento enlouquecido
Depois me mata por dentro como a cena de um filme de terror
Cobre meu sentir com papel alumínio e nem me deixa escolher
Ela me tortura como dedo no espinho
E joga a rosa em cima de mim
Num sopro do destino ela apareceu pra me fazer sangrar
Me descartou num barranco
E meu corpo num tranco
Deixou um rastro de quem se permitiu amar.
E sangrou.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sátira do Natal


Sátira do Natal

Mamãe tá lá na cozinha
preparando um peru de Natal
Ela fala o ano todo que não vai cozinhar pra marmanjos
Que se os irmãos quiseram vir pra almoçar que tragam comida
Mas no Natal fica cozinhando pelo ano inteiro até as sete da manhã
E lá perde o foco otimista
E reclama nivel demora missa de Natal em Roma
Acho que ela só precisa de um...
PAVÊ!
Um mousse de Johnny Depp, pedaço de mau caminho
Comer o peru no vizinho
Mamãe precisa é...Comer!
Anda meio mau humorada
Não curto ela enfezada
Mãe,  reze pra Deus do céu
Pra um bofe escândalo te visitar
Não que eu aviste um problema
Mas falta pimienta no fricassê aquí
Meu Deus, mamis precisa de um...FONDUE!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Enquanto isso no farol...

Moça, parada!  Vou te assaltar!
Moço não tenho celular
Passa o dinheiro então!
Tô sem um tostão,
mas tenho essas poesias
você pode levar minhas inseguranças
Agonias
Minhas indecisões
A ansiedade
Você pode só ler
Tenho também essas frases
Você pode roubar
Nem assinei
Deixo você falar que é de sua autoria
Não exite em levar!
Ele foi embora nervoso
Não entendi o porque
O que eu escrevo não tem valor?
Ele desistiu de me assaltar. ..

Depois daquele eu te amo.

Depois daquele eu te amo.

São conjunções de verbos
e jargões de salão de beleza
As suas unhas estavam pintadas
de cor bem clarinha...
Eu quase só conseguia pensar em amor
Pensei também em jornais
Anúncios...
Os anúncios das últimas páginas
Acreditei em um ritual cabalístico
Num passeio turístico
Queijo com oregano e cerveja
os detalhes da minha avareza
Engoli as notícias do dia
acidentes de trânsito
Vi a chuva rolar
Mas sabe quando foi isso ?
Esse ano. Depois daquele eu te amo.
Que você não acredita. Mais uma voz alta grita dentro de mim mais forte que as críticas políticas do Peble Rude.
Talvez eu vá para Varsóvia
Pra desencanar do amor
Ver cidades da idade média
Mas lá não vou dizer que te amo
Nem olhar seus olhos, pequena
vai ficar tudo preso num poema
De quem não pode sentir nada
De quem é tomado de poesia
E que depois daquele eu te amo...
Dormiu...
E rolou na cama. .
E sonhou.
Tudo depois daquele eu te amo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

a fala se perde,
se cala,
Fica rouca.

No meio de tudo isso
Sinto falta de um jeito
era quase o começo de uma mitologia
tinha força
tinha medo
tinha magia
Gaia, Eros, Urano
Atrações, criações
Era moldada a arqueologia de outrora
já foi assim
agora é parte histórica de mim
Não tem Artemis que me salve
porque não teve intenção
Foi algo meu
meus olhos viram,  piscaram e relevaram
parte de mim queria, outra reluta
e a terceira formou má conduta

acreditei ser politeísta para ter mais gente para me livrar disso
Meu Hades,  meu Apolo
me tiro do mundo morto e vou escrever poesia
Essa mistura me invade
e uma simples palavra, um ciúmes, uma fala que meu olho vê, me incomoda tanto que vira arte.  E sai de mim de repente, mistura de Ares e Afrodite,  um tufão, emoção Olímpica, quase incrédula que alguém vai me proteger.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Combustão

Combustão

Quando eu me perco eu queria você soubesse
Que meu carro tá aí na frente da sua casa
Esperando você me ver

Eu vim de não tão longe
Correndo muito
Suando frio
Papel na mão pra você ler
Que não consigo escrever frases feitas
Se for pra você

É que meu corpo
Entra em combustão
Se encostar no teu
É o complexo reagente, etanol, efeito estufa, co2 da minha alma
Você me acalma com oxigênio exotérmico Inerte e relevante quando respira no meu ouvido e diz que gosta de mim

Eu não preciso ir
Posso atrasar
Porque o caso não está encerrando o paradoxo desse sentimento
Eu só queria seu abraço encaixado no meu corpo
Nesse apartamento

Eu só quero entender
Por que seus olhos me seguram firme
Porque seu Cabelo jogado no seu rosto trazem o atônito no ar sublime de uma sexta-feira
Por que eu quero seu café
Por que sem você eu sou o átomo do carbono pela metade

Eu não preciso ir
Posso atrasar
Porque o caso não está encerrando o paradoxo desse sentimento
Eu só queria seu abraço encaixado no meu corpo
Nesse apartamento