domingo, 17 de abril de 2011

As dores de mim

Os anônimos apertos
do jeito que ardem
que expolodem
que partem
Algo que ninguém pode determinar, prever, julgar
Algo que dói as juntas
Mas não junta os pontos de me deixar em paz
Algo que enfraquece, me esquece
Me faz querer adormecer
Não... não quero me privar do mundo
Apenas quero soltar a mão do que me leva pro fundo
Do que me seca a boca
Do que faz as lágrimas molharem meu rosto a cada minuto
Não quero sentir a ausência que me parte em mil
Queria aprender do seu lado
A ser mais eu
Mas eu fracassei e como nem todo fruto colhido é próprio para o uso
Eu também não sou perfeita
As dores me fazem tomar soluções precipitadas
Ficar de olhos abertos nas noitadas
E tirar aquele sorriso do rosto...
Eu pareço estar dormindo no meio de um show
As pessoas se divertem, elas esbarram umas nas outras, elas dão gargalhadas
Mas eu tô ali sem conseguir se quer diversão...eu só consigo dormir em meio a todo aquele barulho
E no final...eu não sei dizer o porque e o que me desiquilibrou
Não sei responder as perguntas...
Não sei como recomeçar
É um mundo secreto e incerto
No qual eu ainda cultivo um amor inesquecível
Enquanto eu rego as flores que demoram a crescer
Enquanto eu desejo que todas as dores do mundo me enfrentem porque eu adoro desafios
Eu não sei dissenir o valor de cada coisa
Mas eu já soube, ah sim...
Amor mesmo é de mãe... minha mãe não aguentaria me ver dormindo no meio daquele show, não sei se rock, pop ou samba de roda
Mas ela não suportaria.
Mas eu queria conseguir acordar e explicar que eu nunca soube lidar com as dores emocionais
Apenas fui forte o tempo inteiro...
E que quando minha energia vai embora, eu choro igual criança
Que ela não me ensinou a lidar com isso...
Nem a vida.
Mas vou atravessar as pedras que cercam o rio. Se eu escorregar. Eu vou continuar...
Se me der fome, eu colherei os frutos me serão oferecidos sem que eu os veja
Se eu sentir sede...beberei a agua da chuva...
Mas eu não definharei.
Eu não vou deixar o desânimo vir com o vento...
Eu vou passar por ele que nem um turbilhão
Esbravejando e com a cara fechada
Mas eu vou atravessar pro outro lado...
Não desafie minha inteligência
Eu apenas nasci sem razão e estou cega do coração
Mas eu vou chegar do outro lado.
E nesse dia...vai estar sol. Igual ao dia de hoje.

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